Consequência do estigma e preconceito no diagnóstico da hanseníase: ações do enfermeiro junto ao paciente
Resumo
A hanseníase causada pelo Mycobacterium leprae, que leva a um grande impacto socioeconômico, traumas psicológicos e grandes incapacidades físicas. Apresenta forma infecciosa crônica, com predileção pela pele e nervos periféricos e confere características peculiares, tornando o seu diagnóstico complexo, perpetuando a imagem negativa e o estigma em relação as deformidades. O Brasil é o segundo país em número de casos no mundo, após a Índia. Aproximadamente 94% dos casos novos conhecidos nas Américas são notificados pelo Brasil. A hanseníase ainda representa um grave problema de saúde pública, para evitar as sequelas e complicações, é necessário que o enfermeiro esteja atento para situações específicas relacionadas à doença, como por exemplo, o exame de contatos de hanseníase, que permite rastrear a doença, com maior probabilidade de detecção precoce, intervindo assim na cadeia epidemiológica da doença. Este trabalho tratase uma revisão bibliográfica, com o objetivo de destacar as ações do profissional enfermeiro diante do estigma e preconceito sofrido pelos pacientes quanto ao diagnóstico de hanseníase, trazendo subsídios para atuação preconizada pelo programa de enfrentamento à hanseníase, oportunizando reconhecer precocemente sinais e sintomas que levem a suspeitar que o portador de hanseníase possa a vir mostrar desinteresse e abandonar o tratamento e o seu cuidado. Conclui-se com este estudo que a atuação do enfermeiro pode contribuir para a redução de consequência relacionado à Hanseníase e o seu estigma.