dc.description.abstract | A Doença Falciforme (DF) é referida a um grupo de síndromes decorrentes da
substituição da hemoglobina normal (HbA) por uma hemoglobina S (HbS) mutante, o
que atribui a hemácia a forma de foice. Pessoas com DF herdam, obrigatoriamente,
uma mutação da mãe e outra do pai. Essas podem ser homozigótica (SS),
caracterizando a anemia falciforme ou heterozigótica composta, ou seja, uma HbS
com outro defeito estrutural ou de síntese na Hb. Dessa forma, este estudo teve
como objetivo determinar a prevalência de traço falciforme em doadores de sangue
do Estado de Rondônia entre os anos 2017 e 2018. Para tanto realizou-se uma
análise transversal e retrospectiva de casos de traço falciforme dos doadores de
sangue voluntários do hemocentro coordenador Fhemeron da cidade de Porto
Velho/RO e hemocentros regionais (Ji-Paraná, Ariquemes, Vilhena, Cacoal e Rolim
de Moura), no período de janeiro de 2017 a dezembro de 2018. Portanto, no Estado
de Rondônia a percentagem de portadores Hb S positivo, entre os anos de 2017 e
2018, foi de 0,9% (559) em relação ao total de 63.859 doadores de sangue, sendo
que o hemocentro de Porto Velho também apresentou 0,9% (266). Nos hemocentros
regionais, no mesmo período, Ji-Paraná apresentou 0,65% (59) de portadores Hb S,
Ariquemes 1,2% (60), Cacoal 1,3% (100), Vilhena 0,55% (41) e Rolim de Moura
0,55% (33). Logo, o perfil epidemiológico encontrado no presente estudo mostrou
que em sua maioria os portadores de Hb S eram do sexo masculino com faixa etária
entre 18 a 29 anos e tipo sanguíneo “O” positivo seguido de “A” positivo. Destacando
assim, a importância da realização da pesquisa de HbS em hemocentros, com o
objetivo de melhorar a qualidade do produto para o receptor e também para fornecer
orientação em saúde para o doador, que pode não saber de sua condição. | pt_BR |