PARTO: DE VOLTA PARA CASA, E BEM ACOMPANHADO!
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Data
2019-09-30Autor
MOULAZ, NADYEGI POZZEBON SILVA
Capelo, Sandra Mara de Jesus
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O parto e nascimento foi, até o século XX, um evento natural e domiciliar, vivenciado
de modo íntimo e privativo pelas mulheres, e entre mulheres. No entanto, a
mortalidade de mães e recém-nascidos era elevada, e houve a inserção do médico
cirurgião para maior segurança, o que levou à migração do parto para o ambiente
hospitalar. Nesse contexto, tornou-se medicalizado e instrumentalizado, deslocando
o protagonismo do processo da mãe para o médico. O aumento desordenado de
intervenções passou a ser questionado pelas mulheres, e os procedimentos foram
revisitados pelo Ministério da Saúde que editou Política com a finalidade de maior
humanização, com destaque para o papel do enfermeiro na mudança. Assim, o
objetivo desse estudo foi avaliar a contribuição do enfermeiro obstetra para o retorno
à prática de parto domiciliar no Brasil, valendo-se de revisão de literatura em caráter
exploratório sobre o tema, na última década. Identificou-se que o parto domiciliar
possuía significados religiosos e culturais vivenciados em família e entre amigos que
devem ser resgatados. Constatou-se que o enfermeiro assiste ao parto com maior
respeito à sua fisiologia e à autonomia da família, com menos intervenções
especializadas, mas assegurando os princípios científicos envolvidos, trazendo uma
visão e experiência inovadora. Por fim, que o parto domiciliar ainda não é bem aceito
no Brasil devido à oposição de outras categorias profissionais que o contra indicam,
embora os estudos demonstrem que é tão seguro quanto um parto hospitalar.