dc.description.abstract | O Brasil é o principal consumidor de agrotóxico no mundo e consome
aproximadamente 20% de toda produção mundial de agrotóxico, sendo que esse
consumo teve um aumento de aproximadamente 43% a partir de 2011. A última
década foi marcada pelo aumento significativo do consumo de agrotóxicos em todo o
mundo, se tornando um importante problema de saúde pública mundial. A exposição
da população aos agrotóxicos e as consequências associadas ao mau uso e ao uso
indiscriminado impõe grandes desafios na regulamentação, na segurança e no
comercio dessas substâncias tóxicas. Os agentes tóxicos, como os organofosforados,
na grande maioria são de origem antropogênica, capaz de causar danos ao organismo
e aos sistemas biológicos, alterando funções essenciais e dependendo das condições
de exposição podem levar ao óbito. Objetivo desse estudo é descrever o perfil das
intoxicações por agrotóxicos do Brasil, destacando o papel do Farmacêutico na
prevenção e na redução dos riscos à saúde. A metodologia utilizada foi baseada em
pesquisa bibliográfica utilizando obras literárias científicas, publicadas entre 2004 a
2019. Nesse contexto, cabe ressaltar que a intoxicação agrotóxicos (uso domiciliar e
agrícola) e medicamentos estão entre as principais substâncias de interesse em
saúde pública, devido ao grande índice de internação, sua alta incidência, as
possíveis sequelas e ao sofrimento familiar que causam. O Farmacêutico formação
bem diversificada e capacitado para atuar em diversos setores. Através da atenção
farmacêutica pode ofertar informações sobre os riscos e os cuidados com o manuseio
de substâncias químicas, medicamentos, agrotóxicos e seus correlatos, oferecendo
uma atenção especializada à população. Devido à grande relevância dessa temática,
é de suma importância a discussão e a implementação de novas políticas públicas
especificas os casos de intoxicações exógenas (medicamentos e agrotóxicos). Essa
discussão deve ser ampla e pautada em todas as esferas da saúde: indústria de
agrotóxicos, médicos, farmacêuticos, Ministério público e a população em geral,
destacando a necessidade de intensificar estudos dessa natureza, a fim de
aprofundar o conhecimento dessa temática e subsidiar as ações preventivas,
educativas e de tratamento, com o intuito de reduzir esse quadro agravo no Brasil, e
garantir maior qualidade de vida a população. | pt_BR |