ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA PÉLVICA NO TRATAMENTO DA EJACULAÇÃO PRECOCE
Data
2020Autor
MORAES, LUCAS FELIPE DA SILVA
Santos, Jéssica Castro dos
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A Ejaculação Precoce (EP) é considerada a Disfunção Sexual (DS) mais comum entre
os homens, afetando cerca de 30% desta população. Ela é definida como um padrão
persistente ou recorrente de ejaculação durante relações sexuais dentro de
aproximadamente um minuto após introdução do pênis na vagina e antes que o
indivíduo deseje. Além da terapia medicamentosa e da abordagem psicológica, o
tratamento fisioterapêutico é uma das alternativas terapêuticas, o qual envolve
técnicas como cinesioterapia, biofeedback perineal e eletroestimulação. Diante da
ausência de consenso a respeito da eficácia da intervenção fisioterapêutica, este
trabalho teve o objetivo de discorrer sobre os benefícios desta intervenção no
tratamento da EP. Para a elaboração desta revisão narrativa de literatura foram
consultados livros da biblioteca Júlio Bordignon e artigos científicos publicados nas
bases de dados: BVS, Scielo e PeDro. Foram inclusos trabalhos publicados nas
línguas portuguesa e inglesa, entre os anos 2000 e 2020. Os protocolos de tratamento
utilizados nos estudos sofreram variação considerável. Alguns ensaios utilizaram
apenas eletroestimulação ou exercícios para fortalecimento dos Músculos do
Assoalho Pélvico (MAP), enquanto outros aplicaram protocolos que combinavam o
uso de biofeedback perineal, exercícios para fortalecimento da MAP e
eletroestimulação. Em todos os estudos foi verificado que a abordagem
fisioterapêutica apresentou eficácia significativa quanto à melhora do controle da
ejaculação, mesmo quando comparado com o tratamento medicamentoso. Alguns
autores ainda pontuaram que os efeitos foram mantidos à longo prazo. Considera-se
que, embora heterogêneos, os ensaios clínicos foram unanimes em apontar a eficácia
da abordagem fisioterapêutica no tratamento da EP, sendo ainda evidenciado que
esta terapêutica apresenta vantagens financeiras em relação ao tratamento
medicamentoso. Ressalta-se a necessidade de estudos com maior rigor científico e
com protocolos padronizados.