dc.description.abstract | Este trabalho tem como objetivo relacionar a possibilidade de transmissão da infecção
por coronavírus 2019 por meio das rodas de Tereré, o qual foi elaborado na
modalidade de revisão bibliográfica descritiva exploratória, baseando-se em artigos,
monografias, dissertações, teses, livros, disponíveis para consulta em bases e
periódicos como: Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Google Acadêmico, e
Library Online (PUBMED), foram utilizados para a realização do mesmo um total de
65 trabalhos literários. A erva mate é uma planta nativa da região sul do Brasil sendo
utilizada pela população indígena antes mesmo ao descobrimento do continente. O
seu fácil manuseio, plantio, cuidados e poda são fatores que possibilitam uma melhor
exploração. O Brasil é considerado o principal produtor de erva mate no mundo
consumindo cerca de 80% de sua produção no seu mercado interno e o restante é
exportado principalmente para o Paraguai e Argentina. A erva mate possui alguns
aspectos que a fazem ser uma planta de características medicinais e com vários
benefícios para a saúde devido a gama de compostos químicos presentes e
compostos com atividade farmacológica. O tereré é uma bebida de infusão com água
em temperatura ambiente ou preferencialmente gelada da qual grande parte da região
sul, centro-oeste e parte da região norte aprecia principalmente em finais de tarde e
finais de semana considerado um meio cultural onde pessoas se reúnem para a
apreciação da bebida, trocas de experiências, conversas, sempre em uma roda de
pessoas, do qual pode concomitantemente ser um meio de propagação de doenças
infectocontagiosas devido a pratica anti-higiênica algumas patologias de via oral são
mais susceptíveis de transmissão como: herpes, hepatites, gripes, influenzas e
algumas doenças pandêmicas como H1N1 e COVID-19. O coronavírus 2019 foi
identificado pela primeira vez em dezembro de 2019, pertencendo a família
Coronaviridae com outros 6 tipos de vírus, não se sabe exatamente como se deu seu
surgimento, porém existem alguns estudos que apontam para que tenha passado do
morcego para um hospedeiro intermediário e pôr fim a infecção ao ser humano, este
vírus tem sido uma grande preocupação em todo o mundo devido a seu fácil contagio,
multiplicação e efeitos depressivos a saúde principalmente no sistema respiratório e
cardiovascular do paciente, apresentando uma extensa gama de sintomas do qual a
princípio pode ser confundido com uma gripe. Podendo ser transmitido por secreções
como saliva, escarro, gotículas aerossolizadas e sobrevivendo de 2h a 72h em
superfícies. Ainda não existe qualquer forma de cura apenas tratamentos paliativos e
cuidados de prevenção. Sobre a prática sociocultural do tereré e a transmissão da
infecção por COVID-19, pode ser correlacionada devido a fatores como a
aproximação social, apreciação da bebida em grupos de pessoas como família e
amigos, o contato boca/metal/boca, temperatura ideal de propagação viral,
temperatura do ambiente, temperatura do metal devido a infusão gelada, tempo de
vida em superfícies como metais e a dificuldade em higienizar a bomba metálica
utilizada para ingestão da bebida. | pt_BR |