dc.description.abstract | O vaginismo é considerado uma Disfunção Sexual (DSF) de etiologia desconhecida,
caracterizada por espasmos involuntários da musculatura externa da vagina que
dificulta ou, em alguns casos, impede a penetração vaginal. A fisioterapia tem
demonstrado resultados relevantes no tratamento desta DSF, podendo auxiliar
através da conscientização da contração voluntária dos Músculos do Assoalho Pélvico
(MAP), relaxamento e fortalecimento, bem como ganho proprioceptivo. O objetivo
principal deste trabalho é apresentar os principais recursos e técnicas fisioterapêuticas
utilizadas para o tratamento do vaginismo. Este estudo trata-se de uma revisão de
literatura de caráter qualitativo. As buscas dos materiais que compuseram está revisão
foram realizadas nas seguintes bases de dados: BVS, Google Acadêmico, Scielo e
biblioteca Júlio Bordignon da Faculdade Educação e Meio Ambiente (FAEMA). O
tratamento fisioterapêutico das DSF tem como objetivos a redução do medo e da
ansiedade, redução da proteção muscular de reação, normalização do tônus dos MAP
e alívio da dor. Para o tratamento do vaginismo alguns recursos podem ser utilizados,
dentre eles: biofeedback, cinesioterapia (exercícios de Kegel), eletroestimulação e
cones vaginais. Os estudos clínicos inclusos nesta revisão aplicaram protocolos
compostos por dois ou mais recursos combinados, sendo que alguns também
incluíram tratamentos farmacológicos e psicológicos. Considera-se que, apesar de os
estudos apontarem para a eficácia do tratamento fisioterapêutico do vaginismo, os
estudos são bastante heterogêneos, especialmente quanto aos protocolos aplicados
e ao tempo de tratamento. Neste sentido, sugere-se a realização de novos estudos
com protocolos padronizados e rigor metodológico, para que se possa determinar o
melhor tratamento para esta disfunção sexual que afeta de forma tão significativa a
vida de quem a possui. | pt_BR |