Assédio eleitoral no ambiente de trabalho: uma análise sobre o voto de cabresto e a violência psicológica nas relações trabalhistas
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Data
2023Autor
Menezes, Kenia Dias Dos Santos Matos
Henrique, Camila Valera Reis
Metadata
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Após superadas as eleições do ano de 2022 no Brasil, a sociedade se defronta com a retrocesso
da democracia consequente da disputa eleitoral e das alternações econômicas no país. Como
consequências desse fato tem-se o aumento das denúncias de assédio eleitoral no ambiente de
trabalho, uma forma modernizada do voto de cabresto, uma prática antiga da era escravista dos
então chamados de “senhores de engenho”, e também uma espécie característica do
“coronelismo”. O assédio eleitoral é praticado por uma parcela dos empresários sendo uma
evidente violação aos direitos e garantias fundamentais e sociais já conquistados, como por
exemplo o voto secreto e da autodeterminação política dos cidadãos, fato é que o assédio
eleitoral ganhou um protagonismo inoportuno nas últimas eleições, servindo de alerta como um
ataque inadmissível a democracia no Brasil. Apesar, da temática ser historicamente discutida,
este fato só é praticado a cada quadriênio, e o que se espera a partir de agora em diante, após o
desdobramento atual do pós-eleições, é uma mudança nessa realidade. O presente estudo é
qualitativo, se utiliza do método dedutivo, tomando como base nas pesquisas bibliográficas,
matérias jornalísticas, legislação, jurisprudência, artigos e periódicos. Conclui-se, portanto, que
o assédio eleitoral nas relações de trabalho teve um aumento significativo nas últimas eleições
gerando uma grande preocupação, trazendo a necessidade de estudo aprofundado para se
compreender as causas e os impactos sociais que, traz o coronelismo moderno, tal como para o
aprimoramento das regulamentações em seu confronto. Ademais, é necessário tomar medidas
públicas para propagação dos direitos e das garantias do trabalhador, como canais de acesso as
denúncias, uma vez que, somente com a informação ao hipossuficiente terá força para o
confronto em face dos interesses do poder econômico.